domingo, 1 de novembro de 2015

Japão mantém política monetária e alarga prazos da retoma

O Banco Central do Japão decidiu esta sexta-feira manter a política monetária de estímulos que vinha seguindo, com 8 dos membros do comité a votar a favor e apenas um contra. Desta forma, o BoJ (sigla inglesa para “Bank of Japan”) pretende continuar a reforçar o dinheiro em caixa através do investimento em títulos de Tesouro a um ritmo anual de 80 biliões de ienes (cerca de 600 mil milhões de euros).
O regulador bancário nipónico prefere, assim, arriscar perante as estimativas de alguns analistas de que a atual terceira maior economia do Mundo pode entrar em recessão no final do terceiro trimestre depois de dois trimestres em queda.
Em setembro, o consumo privado recuou, os preços voltaram a cair e a previsão da inflação aponta agora que deverá fechar o ano abaixo de 1,4 por cento. O governador do BoJ, Haruhiko Kuroda, revelou, entretanto, que “o prazo para alcançar o objetivo dos 2 por cento nos preços foi adiado da primeira metade de 2016 para o segundo semestre do ano”. “Isto deve-se, sobretudo, aos efeitos da queda dos preços da energia”, justificou.
A expectativa do presidente do Banco do Japão parece ser, no entanto, otimista. Na opinião de alguns analistas económicos ouvidos pela Reuters, só em 2017 o Japão poderá aspirar a conseguir colocar a inflação nos desejados 2 por cento, com o crescimento estimado da economia nipónica, no final deste ano, a ficar abaixo de 1 por cento, na opinião destes analistas.
From: Euronews (30/10/2015, 17:32)
Rita Santos

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Os Tigres Asiáticos

· Os chamados “Tigres Asiáticos” localizam-se na região sudeste da Ásia e são constituídos por países como a Coreia do Sul, Formosa (Taiwan), Hong Kong, Singapura, Malásia, Tailândia e Indonésia, que estão em desenvolvimento com altas taxas de crescimento.
· A partir de 1960, esses países adotaram um processo de substituição de importação para bens de consumo não duráveis e, numa segunda etapa, a exportação desses produtos. Já na década de 70, o mesmo processo ocorreu para bens duráveis.
· As principais razões para o crescimento económico foram o baixo custo da mão de obra e a produção em larga escala para exportações a partir dos anos 60.· O Japão e os Estados Unidos são os principais parceiros e investidores. Os Estados Unidos, em especial, abrem seu mercado para os produtos dos Tigres.



Rafael Amado

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Criminalidade e Segurança 


  • O Japão tem a segunda menor taxa de homicídios do mundo. Em 2001, era considerado um dos países mais seguros do mundo para se viver, mas, a partir da Segunda Guerra Mundial, passou a ter um elevado índice de criminalidade. Segundo os especialistas, as causas para este cenário foram a estagnação da economia japonesa desde de 1990 e o aumento do desemprego. Cinco anos mais tarde, os robôs de segurança foram apresentados à população, para ajudarem na patrulha de locais pré-determinados. A utilização de tecnologias de vigilância deve-se à baixa taxa de natalidade, o que poderá gerar problemas futuros para as guardas.
  • Em pesquisas mais recentes, constatou-se que a criminalidade estava a diminuir e que a grande preocupação da segurança nacional, eram as tragédias naturais, como os terramotos e tsunamis, os acidentes aéreos e ferroviários, os confrontos políticos, guerras e ataques terroristas. Devido a esta situação, mais de 42% da população considerou o Japão um lugar perigoso para morar.
  • Apesar da segurança e da aparente preocupação da população, girar em torno apenas dos desastres naturais, a presença da máfia, é algo não ignorado no país.


Rute Simões 

Tecnologia no Japão



Andreia Gomes

Fatores que ajudaram à ascensão do Japão:

  • Uma indústria bem organizada, com operários qualificados (feita, inicialmente, pelos EUA);
  • O uso de tecnologias avançadas;
  • O espírito de disciplina e a própria cultura do povo japonês que leva o operário a entregar-se ao trabalho com espírito de sacrifício, acreditando que, ao fazê-lo, não só contribui para o bem-estar da própria família, como para o engrandecimento do respetivo país (salários baixos e horários de trabalho longos);
  • Abundância de mão-de-obra e fraca pressão sindical que permitem elevados lucros, aumento de investimentos em equipamento e aumento das exportações;
  • Um programa de ajuda financeira e reformas estruturais norte-americano, denominado Plano Dodge (sob direção do general MacArtthur)


Rita Curvelo

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Milagre económico japonês



O japão viviu uma grande crise económica após a 2ªGuerra mundial. O seu território foi ocupado, entre 1945 e 1950,pelas forças militares dos EUA, sob o comandado de general MacArthur.A partir de 1950, os norte-americanos, receando o avanço do comunismo no continente asiático, decidiram apoiar o Japão.
Entre 1960 e 1970 o seu crescimento anual medio foi o  mais elevado do mundo. Nos anos 70, o Japão tornou-se na terceira económicas mundial.
Ao seus produtos invadiram todos os mercados internacionais a preços competitivos.
Fatores do Desenvolvimento Económico
• Uma industria organizada , com operários qualificados
• O uso de tecnologias avançadas
• O espirito de disciplina e a própria cultura do povo japonês que leva o operário a entregar-se ao trabalho com espirito de sacrifício, acreditando que, ao faze-lo, não  contribuí para o bem-estar da própria família, como para o engrandecimento do respetivo pais salários baixos e horários de trabalho largos)
• Abundancia de mão-de-obra e fraca pressão sindical permitem elevados lucros, aumento de investimento em equipamento e aumento das exportações
• Um programa de ajuda financeira e reformas estruturais norte-americano, denominado Plano Dodge ( sob direção do general MacArthur)
Renata Soares

Plano Dodge

O Milagre Japonês do Japão consistiu numa acelerada recuperação do pós-guerra. No final da 2ª Guerra Mundial o Japão estava completamente afetado, não só pelos estragos, mas também pela regressão económica, humilhação da derrota e ocupação americana.
Nesta recuperação foi essencial a ajuda dos Estados Unidos.

A ajuda norte-americana ao Japão foi concretizada através do Plano Dodge, que teve como objetivos promover a recuperação económica do Japão e garantir um aliado na região, uma vez que se verificava a expansão da influência soviética ao Sudeste Asiático e ao Extremo Oriente.
Com este plano, foram impostas uma série de reformas ao nível político, militar e económico, tais como:
·         O desarmamento, tendo o Japão que renunciar a usar a guerra como meio regular de conflitos e procedendo à criação de uma polícia nacional de reserva apenas para autodefesa;
·         A democratização da sociedade japonesa, através da atribuição de uma certa autonomia ao poder local, da aplicação de uma lei sindical menos rígida, da garantia das liberdades individuais, da igualdade entre os sexos e de um ensino mais democrático;
·         A reforma agrária, redistribuindo aos trabalhadores do campo os terrenos anteriormente confiscados aos proprietários pouco produtivos. A alteração da estrutura fundiária conduziu à modernização da prática agrícola no arquipélago japonês.
·         O poder de alguns Zaibatsu* foi eliminado, em nome da “livre concorrência”. Os eliminados foram aqueles que tiveram um papel importante durante o conflito mundial, uma vez que haviam contribuído para alimentar a máquina de guerra japonesa.

*Zaibatsu – grupos económico-financeiros, pertencentes a famílias e regidos pela tradição. Inicialmente, apoiaram-se na existência de uma mão-de-obra barata e abundante, passando depois a dominar a indústria pesada, a navegação comercial e o comércio externo.


Tânia Ribeiro

De acordo com a publicação, do dia 30 de Março de 2014, da “Emprego pelo mundo”, o Japão é o quarto país, a nível mundial, com menor taxa de desemprego.

 

Nestes países o desemprego é uma miragem

 

4. Japão

japao
> Desemprego: <5% > PIB: 4400000000000 dólares (quarto maior, de 225)
> PIB per capita (PPP): $ 34.300 (37 mais alto, de 226)
> Pct. trabalhando em tempo integral para um empregador: 50% +

Apesar da economia japonesa ter sido duramente atingida pelo terramoto e pelo tsunami recentes, o desemprego no país é inferior a 5% e pelo menos metade da população está empregada a tempo integral.
Como grande potência económica, possui a terceira maior economia do mundo em PIB nominal e a quarta maior em poder de compra. É também o quarto maior exportador e o quarto maior importador do mundo.

Fonte:
Patrícia Santos

Palavras japonesas de origem portuguesa

      A existência de numerosas palavras japonesas de origem portuguesa deve-se à chegada dos portugueses ao Japão em 1542-1543, sendo os primeiros europeus a aportar e a estabelecer comércio direto entre o Japão e a Europa.


Pronúncia em JaponêsEscrita em JaponêsPortuguês Arcaico ou MorfologiaPortuguês ModernoObservações
arukōruアルコールálcoolsálcool
bateren伴天連・破天連padrepadre
bīdamaビー玉vi(dro) + 玉 (dama = "bola")berlinde, bola-de-gude
biidoroビードロvidrovidro
birōdoビロード or 天鵞絨veludoveludo
bouro/bouruボーロ・ボールbolobolo, bola
botanボタン・釦・鈕botãobotão
burankoブランコbalançobalanço, baloiço
charumera/charumeruチャルメラ・哨吶charamelacharamelaAntigo instrumento musical de sopro
chokkiチョッキjaquejaqueta, colete
furasukoフラスコfrascofrasco
iesuイエスJesuJesusTambém pode significar "sim", do inglês yes
igirisuイギリス・英吉利inglezinglêsIgirisu actualmente significa o Reino Unido.
irumanイルマン・入満・伊留満・由婁漫irmãoirmãoTermo usado no início da cristianização do Japão para identificar o missionário antes de se tornar padre.
jouroじょうろ・如雨露jarrojarro
juban/jibanじゅばん・襦袢gibãocamiseta, camisete
kanakin/kanekin金巾 ・ ▽かなきん ・ ▽かねきんcanequimcanequimNão usado no português actual.
kantera/kandeyaカンテラ・カンデヤcandeia, candelacandeiaNo Português atual prefere-se a palavra vela.
kapitan甲比丹・甲必丹capitãocapitão
kappa合羽capacapa impermeável
karutaかるた・歌留多・加留多・骨牌cartascartas de jogar
kasutera, kasuteera,kasuteiraカステラcastellapão-de-lóTipo de bolo com massa de pão-de-ló
kirishitanキリシタン・切支丹・吉利支丹christãocristão
kirisutoキリスト or 基督ChristoCristo
kompeitō金米糖・金平糖・金餅糖confeitoconfeteEm Japonês é um tipo especial de doce ou rebuçado.
koppuコップcopocopo
kurusuクルスcruzcruz
marumero木瓜 or マルメロmarmelomarmelo
meriyasuメリヤス・莫大小・目利安meiasmeias
miiraミイラ・木乃伊mirramirra
orandaオランダ・和蘭(陀)・阿蘭陀HollandaHolandaPaíses Baixos / Holanda
panパン・麺麭・麪包pãopão
pandoroパンドロPão-de-lópão-de-ló
rasha羅紗raxasarja
rozarioロザリオrosarioRosário
sabatoサバトsábadosábado
sarasa更紗saraçamorimTecido de algodão fino
shabonシャボンsabãosabão
shabondamaシャボン玉sabão + 玉 (dama = bola)bola de sabão
shōroショーロchorochoro
shurasukoシュラスコchurrascochurrasco
subetaすべた ・ スベタespadaespada
tabako煙草・莨tabacotabacoEm japonês, a palavra é usada para descrever a planta do tabaco e também ocigarro.
tempura天麩羅・天婦羅TêmporasTêmporasAs Têmporas eram dias de jejum religioso nos quais os católicos portugueses não comiam carne e fritavam empanados de legumes e peixes, alimentos que eram normalmente consumidos crus ou cozidos pelos japoneses.
zabon朱欒・香欒zamboatoranjaFruto da árvore Citrus adami
  


Fonte: http://www.japaoemfoco.com/palavras-japonesas-originadas-do-portugues/  
           https://pt.wikipedia.org/wiki/Palavras_japonesas_de_origem_portuguesa
Maria Franca

domingo, 25 de outubro de 2015


Felicidade Interna Bruta (FIB)

A felicidade interna bruta (FIB) é um indicador que pretende avaliar o desenvolvimento de uma região ou país. O seu conceito foi desenvolvido no Butão, um pequeno país budista, localizado nos Himalaias, pelo seu rei - Jigme Singye Wangchuck, em 1972. Foi criado como resposta às críticas que o crescimento económico do país sofria. O FIB assenta na premissa de que o crescimento económico deve ser simultâneo a um desenvolvimento espiritual e cultural. Daí que, se diga que o FIB foi criado em contrapartida ao Produto Interno Bruto (PIB).

Este indicador propagou – se por todo o mundo, graças ao apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), sendo atualmente integrante da ONU. É calculado através de um questionário que atende a nove aspetos:

  1. Bem - estar psicológico (avalia o grau de satisfação e de otimismo que cada indivíduo tem em relação à sua vida);
  2. Saúde (mede a eficácia das políticas de saúde);
  3. Uso do Tempo (averigua a gestão do tempo: tempo no trânsito, no trabalho, nas atividades educacionais, nas atividades de lazer…);
  4. Vitalidade comunitária (considera os relacionamentos e interações nas comunidades);
  5. Educação (tem em conta vários fatores como participação dos pais na educação dos filhos, valores ao nível da educação ambiental…);
  6. Cultura (avalia as tradições locais, festivas, valores nucleares, participação em eventos culturais, oportunidades de desenvolver capacidades artísticas, e discriminação causada pela religião, raça ou género);
  7. Meio Ambiente (“mede” a perceção dos cidadãos quanto às questões ambientais: biodiversidade, qualidade da água, do solo…);
  8. Governamentação (avalia o governo quanto à sua transparência, responsabilidade e honestidade, e também a forma como os cidadãos se envolvem na vida política);
  9. Padrão de Vida (avalia os rendimentos, a segurança financeira, a qualidade das habitações…).


Patrícia Santos