Uma coisa são votos, outra coisa são os mandatos que são
eleitos com esses votos. Há muitas maneiras de converter os votos em mandatos.
Em Portugal, para eleger os deputados à Assembleia da República, às assembleias
regionais dos Açores e da Madeira, os vereadores das câmaras, os deputados das
assembleias municipais e das juntas de freguesia, usamos o método de Hondt,
cujo nome vem do seu inventor, o professor belga de direito Victor d’Hondt, que
viveu no século XIX. O método de Hondt é proporcional, mas dá uma ligeira
vantagem ao partido mais votado, (por isso é que em Portugal não é preciso ter
50% dos votos para eleger uma maioria absoluta na Assembleia da República,
bastam 43% ou 44%).
Vantagens:
- Assegura boa proporcionalidade (relação votos/mandatos);
- É muito simples de aplicar em comparação com outros (com apenas uma operação atribui todos os mandatos);
- Tem efeitos previsíveis e é o método mais utilizado no mundo (amplamente implementado em inúmeros países democráticos, tais como Holanda, Israel, Espanha, Argentina e Portugal).
Desvantagem:
- Tendencialmente favorece os partidos maiores.
Fontes:
Tânia Ribeiro
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